CARROS - As diferenças entre os câmbios

A grosso modo pode parecer que são a mesma coisa: Eles passam a marcha sozinhos. Mas qual seria então a diferença entre eles? A questão é que cada um trabalha de uma maneira, e isso vai muito além de um carro mais gostoso de dirigir. Cada um traz distintos benefícios e estão relacionados ao desempenho, economia de combustível e até mesmo segurança.
É importante saber diferenciar, pois, vai poder decidir com clareza qual tipo de câmbio do seu próximo possante.




É essencial falarmos também do câmbio mais comum nos carros brasileiros, o câmbio manual. Assim, vamos ter um ponto de comparação e poder diferenciar melhor os demais.

MANUAL

Quase todo motorista no brasil já dirigiu um carro manual, afinal, são quase unanimidade nas auto-escolas. Houve pouca evolução desse tipo de transmissão nas últimas décadas. A maioria dos veículos produzidos nos últimos 20 anos possuem câmbio manual de 5 marchas. Mas, estão surgindo cada vez mais veículos de passeio com câmbio de 6 marchas, como é o caso do novo Cobalt 2017. Suas principais vantagens são o baixo custo de manutenção e economia de combustível. Porém, tanto a economia quanto a performance desses veículos dependem de o motorista utilizar de maneira correta, trocando as marchas no tempo certo. Sua desvantagem é a falta de conforto, exigindo mais de quem dirige nos trânsitos intensos.

AUTOMÁTICO

O câmbio automático chegou ao mercado brasileiro em meados dos anos 90. Sua tecnologia é muito mais complexa que a do câmbio manual. Ela funciona de maneira hidráulica, usando um conversor de torque e diferentes engrenagens planetárias que permitem a troca de marchas suavemente, sem interromper a transmissão de potência do motor.
Suas principais vantagens são a durabilidade do motor e dos componentes da transmissão, mais conforto na dirigibilidade e menor frequência de manutenção, devido ao baixo desgaste das peças. Porém essas vantagens e conforto tem o seu preço. A manutenção da caixa automática é mais cara e especializada, o consumo de combustível pode chegar a ser de 10% a 20%  maior que veículos equipados com câmbio manual. Veículos com câmbio automático também acabam perdendo em desempenho se comparados com veículos manuais.
Atualmente o número de marchas dos câmbios variam bastante. Existem transmissões de 4 a 8 marchas, sendo que as de 4 são menos eficientes em consumo e desempenho que as de 5, e assim sucessivamente.

AUTOMATIZADO OU ROBOTIZADO

É um misto do câmbio manual com o automático. Esse sistema de transmissão surgiu em 1989, na F1, quando a Ferrari buscava descartar as grandes alavancas e utilizar atuadores eletrônicos para realizar a troca de marchas.
Ele passou a ser utilizado nos veículos de passeio afim de proporcionar o conforto do sistema automático e o baixo custo e economia dos câmbios manuais. Ele funciona com um sistema de dois servos-robôs, que automatizam o acionamento da embreagem e faz a troca das marchas.
Esses dois robôs são controlados por uma central eletrônica, que também analisa as variáveis temperaturas, rotação, velocidade, freio, entre outros, para então decidir qual o momento ideal para realizar a troca de marchas.
Essa autonomia proporciona maior durabilidade do sistema de transmissão, pois, a central é otimizada para acionar os servos no tempo correto, trazendo o máximo de economia e desempenho.
Muitos motoristas, geralmente novatos com câmbio automatizado, reclamam de um leve tranco na troca das marchas. Infelizmente isso acontece devido a utilização de forma incorreta, com o motorista mantendo o pé no acelerador durante as trocas, como nos veículos automáticos.  Acontece que, no processo de troca de marchas, o sistema automatizado aciona a embreagem e interrompe a aceleração, e ao soltar a embreagem com a nova marcha já engatada, o veículo está acelerado, causando um leve solavanco. Especialistas em câmbio automatizado afirmam que para evitar tal coisa basta tirar o pé do acelerador na hora da mudança de marchas, como em um carro manual. Mas, como tudo na vida, só a prática leva à perfeição.
Existem ainda, o câmbio robotizado de dupla embreagem. Esse modelo de câmbio automatizado, como o próprio nome diz, possui duas embreagens, uma para marchas pares e ré, e outra para as ímpares. Elas funcionam de forma simultânea, deixando a marcha seguinte já no ponto para entrar caso a mudança seja necessária. Isso reduz o tempo de troca em até ⅓ e pode melhorar o consumo de combustível em até 10%. Esse tipo de câmbio já está sendo bastante utilizado, como na versão GTI do UP 2017.

CONTINUAMENTE VARIÁVEL (CVT)

Seu conceito vem de 1490, quando ninguém menos que Leonardo Da Vinci elaborou um esboço de  transmissão contínua variável e sem degraus. Porém sua patente só foi registrada em 1886. Por volta dos anos 2000, o CVT ficou mais efetivo comercialmente.
Embora  sempre confundido com câmbio automático,  o CVT se diferencia em diversos fatores. Seu sistema funciona através de duas polias de tamanhos variados e uma correia de metal, no caso de automóveis, ou borracha em motocicletas. A disparidade no tamanho das polias permite uma diferença muito pequena na rotação desses veículos e ainda uma combinação maior de marchas.
O controle da troca de marchas é feito através do módulo de transmissão, que além disso, deixa o veículo mais eficiente. Por conta disso, o veículo trabalha com a linha de torque ao máximo, dando maior economia de combustível e maior desempenho.
O ponto fraco desse câmbio fica por conta manutenção, que chega a ser mais cara e específica que a do câmbio automático. Mas, em contrapartida, é sem dúvida o modelo de câmbio que proporciona maior conforto ao motorista.
Agora que você aprendeu a diferença entre os principais sistemas de câmbio disponíveis nos carros do Brasil, já sabe qual vai querer no seu próximo carro?
Se houver alguma dúvida ou tiver algo em que possamos ajudar, deixe seu comentário. Prometemos responder a todos.
Um forte abraço,


Junior Falcão.


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